Diariamente,
uma média de 200 urnas são submetidas a um sistema de teste que verifica seu
funcionamento
Cerca de 200 urnas eletrônicas estão sendo testadas
diariamente pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). O objetivo é verificar
as condições de funcionamento, executar reparos e, se necessário, repor peças.
Esta etapa é importante para que ocorra tudo bem no dia da eleição. Em tempos
normais – explica a coordenadoria de Equipamento e Suporte (Cosup), ligada à Secretaria de Tecnologia da
Informação (STI) do órgão – a média diária seria o dobro.
Apesar da adoção do expediente emergencial em
razão da pandemia do coronavírus, o Eleitoral baiano segue com o cronograma. Para
não afetar o planejamento ou haver interrupção do trabalho, a Cosup/STI dividiu a equipe para diminuir o número
de pessoas em um único espaço. “Tivemos de reduzir a quantidade de técnicos,
mas está sendo feito um rodízio”, ressalta José de Carvalho Ribeiro,
coordenador da unidade. A Cosup conta ainda com o apoio das seções de
Transporte, que conduz os técnicos, fazendo roteiro em dias alternados, e de
Almoxarifado, que fornece materiais de limpeza e higiene.
Conforme Carlos Eduardo Brandão – chefe da Seção
de Urna Eletrônica (SEUEL), também ligada à STI – o trabalho é contínuo e os
testes são realizados em períodos de cerca de três meses de duração,
contemplando todas as urnas do estado. “Logo após o término desta etapa, abriremos
nova ordem de serviço e daremos início aos testes do trimestre seguinte. E,
então, a cada 90 dias, nós testamos urnas de todos os depósitos. No caso de Salvador,
neste primeiro trimestre já foram testadas, mais ou menos, 13 mil urnas, já no
segundo semestre serão testadas 8mil urnas. Isso porque as urnas do modelo 2008
não serão mais utilizadas nas Eleições 2020, uma vez que serão adquiridas, por
parte do TSE, urnas modelo 2020, em substituição”.
Como
funciona o teste exaustivo?
Os testes exaustivos de urnas eletrônicas são os
chamados STE (Sistema de Teste Exaustivo), que consiste em submeter o
equipamento, por um período de 4h seguidas, a uma aplicação disponibilizada
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesse teste, todos os componentes
internos (teclado, módulo de impressão e bateria) são analisados e, ao final, é
emitido um relatório. Se houver algum problema, a urna é separada e enviada
para o reparo.
Atualmente, o TRE da
Bahia dispõe de pouco mais de 39 mil urnas eletrônicas. A atividade de manutenção
das urnas ocorre mesmo em ano não eleitoral,
conforme explica o chefe da SEUEL/STI, Eduardo Brandão. “Se não houver essa freqüência, as urnas
ficam comprometidas, uma vez que se perde a bateria e os componentes não são
ativados. É como um computador ou TV que precisam ser ligados sempre”.
TF
Nenhum comentário:
Postar um comentário